STORY
IBEVAR-FIA projeta queda de -6,03% no varejo de veículos e motos em outubro em relação a 2024
Setor sofre com juros elevados e restrição de crédito
FEED:
Juros altos freiam crescimento do setor automotivo
MERCADO
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu – em sua última reunião, realizada em 15 de setembro – manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 15%. A justificativa, segundo comunicado oficial, foi a incerteza do ambiente externo, com destaque para a “conjuntura e a política econômica nos Estados Unidos”, o que exige cautela dos países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica.
O presidente do Sindipeças, Claudio Sahad, apontou o elevado patamar dos juros no Brasil como fator determinante para brecar o crescimento do setor automotivo. “Com relação a produção, venda e exportação de veículos, esse ano nós estamos tendo um avanço nas vendas. A gente vem, depois da pandemia, ganhando um fôlego consistente. Gradual, mas não com o crescimento que a gente esperava, porque a gente tem o problema da taxa de juros. A taxa de juros atrapalha diretamente a venda, não só para leves, mas para pesados também. Aliás, eu digo que mais para pesados que para leves. E eu não sou daquelas pessoas que falam que a gente tem que ter uma taxa de juros baixa, porque ela é um remédio até a gente conseguir superar esse momento. E não adianta querer baixar a taxa de juros na canetada, porque nós já vimos isso no passado. Se a gente fizer a lição de casa, esse momento vai passar mais rápido. Se não fizer, vai demorar mais. É simples assim. Não adianta reclamar”.
