Redação Novo Meio
O mercado de veículos 100% elétricos vem enfrentando algumas dificuldades nos últimos meses na União Europeia e nos Estados Unidos. Por outro lado, o segmento de veículos híbridos vem crescendo. No Brasil, o processo de eletrificação da frota segue em crescimento contínuo. Já são cerca de 300 mil unidades em circulação, considerando todas as variações. O primeiro semestre de 2024 registrou um total de 79.304 veículos leves eletrificados vendidos no país, volume que representa um aumento expressivo de 146% sobre os 32.239 do primeiro semestre de 2023 e de 288% sobre os 20.427 do primeiro semestre de 2022.
As informações são da ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico. A entidade prevê que termos mais um recorde este ano, com um total de 150 mil veículos eletrificados vendidos no período de janeiro a dezembro. Todos estes números comprovam o momento extremamente positivo do processo de eletrificação veicular no Brasil – que pode ser comprovado também pelos avistamentos de carros elétricos nas grandes cidades, cada vez mais frequentes. Manutenção Uma consequência da expansão da frota é o crescimento, também, das demandas de manutenção.
É verdade que estes automóveis ainda são muito novos, mas já vai sendo construído aí um mercado consumidor de peças e serviços para um futuro não tão distante. A primeira percepção é quanto à reposição de baterias. Por enquanto, o custo desta operação é quase proibitivo para os consumidores. Mas a manutenção desses automóveis vai muito além deste componente. Embora os carros elétricos tenham entre 20% e 30% menos peças do que os equivalentes a combustão, erram os que cravam que, por conta disso, as demandas por manutenção também sejam menores. Este mito foi derrubado agora pelo recém-lançado estudo J.D. Power 2024 U.S. Initial Quality Study (IQS). “Proprietários de BEVs e PHEVs de ponta, repletos de tecnologia, estão enfrentando problemas com uma gravidade suficiente para levá-los à concessionária com uma frequência três vezes maior do que os proprietários de veículos a gasolina”, afirma Frank Hanley, diretor sênior de benchmarking automotivo da J.D. Power. Considerando a métrica expansiva de problemas por 100 veículos (PP100) utilizada pela J.D Power, os veículos a gasolina e diesel registram, em 2024, uma média de 180 PP100 enquanto nos BEVs esse parâmetro chega a 266 PP100 – nada menos que 86 pontos a mais.