Claudio Milan
A matéria-prima do Aftermarket Automotivo, o carro, já está bem encaminhada no ambiente ‘figital’. Mas a transição ainda não está completa. “Ele não é ‘figital’ ainda porque não está conectado mesmo – são poucos os carros conectados. Além disso, os automóveis não falam entre eles, não falam direito conosco e certamente falam muito pouco com a fábrica – a maioria só quando vai a uma oficina autorizada ou não autorizada para um teste com equipamentos digitais que estão normalmente offline. Mas, em algum momento vamos ver carros ‘figitais’, que terão dimensões física, social e digital e estarão em rede, com mecanismos de conexão, interações e relacionamento, construindo comunidades com tudo ao redor, inclusive nós”, previu Silvio Meira em sua apresentação.
O palestrante citou como evidência o lançamento, em maio deste ano, do Android Auto OS, sistema operacional Android para automóveis presente nos Polestar – a marca de esportivos híbridos e elétricos da Volvo. “Não é o sistema operacional do carro, é só um sistema operacional para dentro do carro, a cabine. Mas tem conexões para as partes ‘motrizes’, sistemas críticos do automóvel e, em breve, muito provavelmente vamos ver uma evolução para que seja o sistema operacional do automóvel como um todo”.
Outro exemplo citado pelo palestrante já é realidade em Phoenix, no Arizona (EUA), onde vans Chrysler Pacifica informatizadas pela divisão de autonomia da mobilidade do Google oferecem serviços de táxis completamente autônomos – o vídeo circulou bastante nas últimas semanas pelo WhatsApp.
Segundo prevê o especialista, em alguns anos as frotas de táxis das grandes cidades brasileiras serão autônomas, e por razões econômicas.