NGK compartilha cinco pontos que se diferenciam em carros a álcool (etanol) e gasolina

arros movidos a álcool (etanol) ou gasolina, estão muito presentes na frota brasileira. Apesar de serem comuns, esses dois tipos de combustível apresentam diferenças significativas no que diz respeito à ignição e ao processo de partida. Com isso em mente, a NGK, marca da Niterra especializada em componentes para sistemas de ignição, explica como essas particularidades influenciam o desempenho e a durabilidade dos veículos.

1- Taxa de compressão do motor: os motores movidos a álcool (etanol) apresentam maior taxa de compressão em comparação aos motores exclusivamente a gasolina. Essa diferença se deve à alta octanagem do combustível etanol (110 RON), enquanto a gasolina comum possui 93 RON. A maior taxa de compressão dos motores a álcool (etanol) proporciona mais potência e torque, destacando-se em aplicações onde o desempenho é essencial.

2- Ponto de Ignição: graças à diferença de octanagem, a curva de avanço de ignição dos motores a álcool é mais adiantada, resultando também em maior potência e torque. Essa característica é ajustada para atender às condições específicas de cada tipo de motor.

3- Grau térmico das velas de ignição: nos motores a álcool, as velas de ignição geralmente possuem um grau térmico mais frio, devido à maior potência e calor gerados na câmara de combustão. Essa adaptação é fundamental para garantir a eficiência e a longevidade do sistema.

4- Tratamento superficial do castelo metálico: o álcool pode acelerar o processo de corrosão sob determinadas condições de uso. Para enfrentar esse desafio, a Niterra utiliza um banho de níquel-cromo no castelo metálico das velas de ignição, garantindo maior resistência à oxidação e maior durabilidade do componente.

5- Motores flex fuel e solução versátil: nos motores flex, a taxa de compressão é ajustada para operar com ambos os combustíveis. Por meio de estratégias de identificação de combustível, o sistema escolhe a melhor curva de ignição e utiliza velas de grau térmico apropriado para gasolina e álcool. O tratamento de níquel-cromo também é aplicado para suportar as condições de uso de ambos os combustíveis.

Dicas para uso 

A composição química dos combustíveis exerce influência direta no processo de queima. O álcool (etanol), devido à sua cadeia carbônica menor, não deixa resíduos de carbono, prevenindo a carbonização das velas. Já a gasolina, por conter uma cadeia carbônica maior, apresenta maior suscetibilidade à formação de resíduos, especialmente dependendo das condições de uso.  

“Por isso, a  durabilidade das velas está mais relacionada às condições de uso do veículo do que ao tipo de combustível”, afirma Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da Niterra do Brasil. “Para quem realiza trajetos curtos e intermitentes, onde o motor não atinge a temperatura ideal, a gasolina é mais indicada. Já em condições severas, como trânsito intenso, é essencial seguir as recomendações de uso severo das montadoras.

Neste contexto, independentemente do tipo de combustível — seja gasolina, álcool ou outro —, a NTK oferece ao mercado de reposição sensores de nível que medem com precisão o volume de combustível presente no tanque do veículo. Essas informações são exibidas no painel de instrumentos, permitindo ao motorista calcular a autonomia do veículo.

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