Utilitários seguem na mira dos criminosos e roubo e furto crescem 40%, no 3º trimestre

O roubo e furto de vans, furgões e VUCs cresceram 40,6% no 3º trimestre, na comparação com o mesmo período de 2023. As ocorrências com veículos pesados permaneceram estáveis, com leve alta de 0,9%. Os dados são do Grupo Tracker, maior empresa de rastreamento e localização de veículos do país.

            O gerente de Comando e Monitoramento do Grupo Tracker, Vitor Corrêa, explica que os criminosos dão preferência pelo roubo. “Eles mantêm o motorista em cárcere privado enquanto o veículo é desmontado, em poucos minutos”.

As cidades de Suzano, Ferraz de Vasconcelos e os bairros Tiradentes e Guaianases, na capital paulista, são os pontos focais para este tipo de crime. Os veículos são desmontados em regiões de mata fechada, os ‘desmanches a céu aberto’. “São áreas de difícil acesso onde os criminosos se aproveitam da geografia para desmontar livremente e sem nenhuma perturbação. Eles agem de forma ordenada como uma linha de produção, com várias pessoas atuando ao mesmo tempo, tudo para agir com velocidade e evitar que o veículo seja localizado pelas empresas de rastreamento. Após o desmonte dos itens de interesse, ateiam fogo no que resta do utilitário, transformando a região em um cemitério de carcaças”, conta Vitor Corrêa. 

O departamento de inteligência do Grupo Tracker atua para coibir as ações em desmanches a céu aberto. “Temos feito imersões nesses locais e conseguimos localizar e mapear novos pontos de corte, independente de termos veículos ou eventos nossos nestas áreas. Isso ajuda a coibir a ação dos criminosos que passam a ter mais cautela antes de entrarem nesses desmanches a céu aberto”, revela o coordenador de Operações do Grupo Tracker, Airton Júnior, que conclui: “com ações preventivas e proativa melhoramos o índice de recuperação do bem e dificultamos a ação dos bandidos nos locais previamente mapeados”, finaliza.

O principal motivador do crime é o comércio de peças ilegais. Por isso, é fundamental que a população só adquira peças usadas com nota fiscal.

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