Claudio Milan
Em 2 de maio de 1519 morria aquele que é considerado um dos maiores gênios da humanidade. Cercado por três de suas principais obras – as telas Mona Lisa, Santa Ana e São João Batista – Leonardo da Vinci deixava um legado que ia muito além da arte.
Para boa parte das pessoas, ele é mais conhecido por suas pinturas, ainda que até hoje apenas cerca de 15 tenham sua autenticidade comprovada. Mas, o italiano nascido na pequena aldeia de Vinci também foi um extraordinário estudioso da ciência, músico, inventor e engenheiro, tendo projetado uma série de máquinas que anteciparam muito das tendências que se tornariam realidade nos séculos seguintes. Entre elas os robôs, o helicóptero, a metralhadora e até um veículo voador muito semelhante aos aviões.
Embora boa parte de suas invenções tenha ficado apenas no papel, uma delas em particular revolucionou a indústria, em especial a automotiva. Talvez nem todos saibam, mas foi da Vinci quem inventou o rolamento!
Usando esferas de madeira, Leonardo da Vinci reduziu drasticamente o atrito entre duas superfícies lisas. Ele chegou a usar este princípio em alguns de seus protótipos, como o helicóptero.
A redução do atrito sempre foi uma necessidade desde o tempo das cavernas, mas cresceu muito durante o período da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, quando os rolamentos ganharam diferentes aplicações e materiais, especialmente os metálicos. Naquela época, o invento foi finalmente patenteado, na Inglaterra, onde foi empregado em eixos de carruagens equipados com aneis de esferas que rolavam em ranhuras.
A partir daí, os rolamentos multiplicaram quase ao infinito as aplicações e especificações como peças indispensáveis para reduzir atritos e movimentar as mais diferentes máquinas de uso industrial e pessoal.
Os rolamentos movem o mundo! E, em homenagem ao gênio que os inventou, todo ano, em 2 de maio, comemoramos o Dia do Rolamento.